domingo, 31 de maio de 2009

Há quem seja bravo, há quem seja fraco, há quem apenas seja pelo simples fato de existir.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A vida é feita de escolhas. Por mais que essa frase seja batida, conhecida, pronunciada e tantos mais, ele é uma verdade incontestável. Ao nascer a criança escolhe entre chorar ou não, entre caminhar ou não, escolhe entre dar o primeiro suspiro fora da sua primeira casa ou simplesmente negar a nova moradia. Escolhemos. Somos responsáveis por nossas escolhas e são delas que, infelizmente, é feito o futuro. Não que seja terrível contar com o incerto provindo do certo, mas saber que o futuro dependerá da esquerda ou da direita, do verde ou do amarelo, da calça ou da bermuda, querendo ou não, assusta. A questão é que involuntariamente escolhemos o nosso amanhã aos pouquinhos, sem querer vamos pincelando um quadro emoldurado por regras e ditos populares. Hoje, em minha sala de arte, pintando um novo quadro entitulado 22/05 ou até mesmo o 2010, fiz um borrão enorme. Fiquei com medo, quem não ficaria? Afinal, um borrão é sempre um borrão, parei de pintar e pedi para que pintassem pra mim... Isso não é mais novidade.
Certa vez conheci alguém que decidiu não mais decidir, achei muito estranho. Um tempo depois encontrei essa mesma pessoa feliz da vida por ter tudo que sempre quis. Parei. Pensei. Decidi não pensar muito e seguir em frente. Acho que o problema maior é decidir pensar demais.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Semanticamente, o verbo sonhar abre um leque de possibilidades. Através dele, viaja-se por entre o inimaginável, preocupando-se ou não com as leis físicas. Desta forma, não há realidade suficientemente forte para destruir a pseudo-realidade do mundo dos sonhos. Constantemente perguntam a crianças, adultos e a toda pirâmide etária qual o seu maior sonho. E eu? Logo eu, tão às avessas da normalidade, torto em pensamentos. Com que eu sonho? Já sonhei com muitas coisas, que beiram o capitalismo e seu filho consumismo e até mesmo viver em comunhão com a sociedade, anarquista, socialista, comunista, como preferir, independente do sistema, sonho com uma integridade social, um conjunto sólido que possa gerar mais frutos além de corrupção e crescimento exagerado.
Sonho também que em 6,5 bilhões não sejamos um fardo pesado demais para Gaia e que ao menos uma, dentre esse montante, tenha pensamentos convergentes aos meus. Seria interessante, não mais ver a miséria, nem a dor, a injustiça e o descaso estampados no rosto de pessoas inocentes de nascença. Legal seria se a comida da minha mesa se multiplicasse e que a cada dia, novos amigos viessem com sua fome e histórias multiplicar vivências.
A eternidade. Não espero que as pessoas passem a ser eternas, acabaria com o clico natural das coisas, no entanto, espero que a eterna idade não seja vista como sofrimento e que o passo para o tão temido vale não seja proveniente de um empurrão. Claro, todo altruísmo, tem por trás gotas de egocentrismo, almejo também uma casa, apartamento, fama, sucesso, dinheiro, amor, casamento, filhos, contas a pagar, churrasco aos domingos... Não sei se o mundo de meus sonhos seria emoldurado com essas trivialidades que, apesar de eu mesmo defini-las como desprazíveis, fazem parte de meus mais profundos desejos. O conjunto, necessariamente, acarretaria em um mundo perfeito para viver em harmina. (In)felizmente, a perfeição não excede a definição, pois na prática ela se torna imperfeita e incompleta. De certa forma, não poder realizar todos os sonhos é um catalisador para a vitória.
Além de sonhar, dizer, proclamar o que é conveniente e o que fará bem, vale também pôr os desejos em prática e não é jogando moedas em fontes milagrosas que se consegue. Pior do que um revolucionário sem causa, é aquele que tem a causa formulada, mas não a põe em prática. Desejo desta forma, sorrir, fazer sorrir e brincar com o tempo, esquecendo que o passado não volta e o futuro é incerto. Um mundo ideal não teria a exclusão do diferente, abriria os braços e feito mãe, entoaria canções de ninar, acalentaria e diria: “o mundo é seu, independente de quem sejas.”.
Quando a cor não definir padrão, quando o céu não mais tiver buracos nem chorar gotas ácidas, quando o amor não for mais motivo de morte, quando a vida for sempre bem vinda, quando um sorriso voltar a abrir portas, quando a liberdade tiver o verdadeiro sentido para alguns e a ética entrar para o dicionário de outros, quando eu não precisar mais dizer qual é o mundo ideal... Nesse dia, não se falará em mundo dos meus sonhos, falar-se-á no mundo em que se vive com orgulho.





Ta aí um texto bem sem momento, feito num dia desses, iguais aos outros. Algumas coisas não saem e nossa cabeça, já percebeu? Por exemplo: o mundo é pequeno feito cabeça de alfinete, por vezes não acho digno o ponto dado pelo alfaiate. Fazer o quê? Nem todo mundo sabe dar pontos tão bem quanto minha mãe. Digno ou não dou aquele meio sorriso, desses que se dá a meio conhecidos, com metade de vontade e simpatia. Não, não é hipocrisia, não preciso de uma para viver, é apenas "comodismo", longe da falsidade mas beirando um personagem. Interessante